A cerca de 260km de Lima, na provincia de Pisco, a primeira paragem foi em Paracas. Este destino não estava na lista, mas depois do taxista de Lima ter falado dele, passou a integrar o roteiro já que ficava dentro do itenerário. Sem dúvida uma boa dica!!
A reserva, para além de explendida e vasta, tem a peculiar combinação de deserto e mar que deixa qualquer adjectivo minusculo para descrever a sua paisagem. São quilómetros e quilómetros no meio da areia, por vezes com estrada outras sem qualquer trilho, simplesmente pelo meio do deserto. Existem imensos pontos de observação obrigatória como a praia vermelha (com origem numa rocha vermelha, todo o areal é vermelho), a catedral parcialmente destruida depois de um terramoto em 2007, que abriu também uma falha ao longo do parque e a observação de leões marinhos. A observação de leões marinhos não é uma tarefa fácil, dificil de chegar. Se Pedro, um dos guardas do parque, não tivesse servido de guia até ao local, provavelmente teria de esperar por uma viagem ao Pólo Norte para os ver :)
Nazca - Linhas de Nazca
Arequipa
Uma cidade com fortes traços da passagem Espanhola por este país, sendo a sua Catedral um dos exemplos mais notórios, Arequipa vive á sombra dos seus três vulcões (Pichu Pichu, Misti e Chachani), que lhe confere um forte historial de terramotos e lutas travadas com a natureza. Também ela património mundial reconhecido pela UNESCO, a cidade cruza a cultura Inca com os traços ibéricos levados pelos Espanhóis, numa conjugação labirintica de ruas e casas tipicas de uma forma singular. O centro histórico é rico em igrejas, capelas e museus ou para aqueles que preferem, um frenezim controlado de sons e cheiros que não desmarcados do tradicional Peru, dão um toque cosmopolita a uma cidade encaixada nas montanhas. Arequipa é ainda a porta para o Canyon de Colca, onde se podem comprar/iniciar excursões com guia até ao Canyon ou simplesmente obter informações.
Cañon del Colca
Um dos mais profundos desfiladeiros do mundo! Este cañon tem cerca de 100km de comprimento e os módicos 3400m de profundidade. Para entrares na zona do cañon tens de pagar, antes mesmo de chegares a bonitas aldeias como a de Chivay. Em Chivay, como em algumas das outras aldeias, podes comer, pernoitar e até arranjar guias. Certo que poderás arranjar tudo isto na cidade de Arequipa, no entanto aqui tens a certeza de que o dinheiro que estás a gastar no vale é para as pessoas do vale. Para além de visitares o cañon onde podes com sorte, observar e fotografar o mítico Condor, podes ainda fazer várias caminhadas de curta ou longa distância, para observação de gaisers, pontos de observação assinalados, ou até mesmo descer até ao fundo do cañon, pernoitar e regressar. A juntar a todas estas actividades, existem cascatas e quedas de água que fazem delicias e que numa vertente mais radical podem ainda proporcionar-te um belo rafting no rio Colca. Com tanta actividade, nada como fonalizar o dia a descansar nas água naturaias termais de La Calera em Chivay (boas para reumatismo e artrite, dizem). Se aqui passarem, não deixem de visitar as aldeias menos turisticas, onde podem encontrar os melhores chás naturais (incuido o mate de coca), frutas e produtos horticolas.
La Paz - Bolívia
Ali mesmo ao lado, a Bolívia oferece outras maravilhas. Semelhante na aparência mas muito dispar na sua cultura e forma de estar na vida. A capital da bolívia, La Paz, fica a poucas horas de autocarro da fronteira com o Perú e é um espelho das diferenças culturais destes dois países visinhos. Na capital, um frenezim doido de "gente e pessoas". As ruas atoladas de comercio ambulante, carrinhas que são os autocarros urbanos de onde saem homens e mulheres que debitam o nomes das paragens numa cantilena que mal se percebe mas cuja ladainha permanece no ouvido. Casas amontoadas e poucos sitios para visitar. Mas que mais precioso haverá para visitar do que nos misturarmos no ritmo urbano e nos deixarmos ir, até nos sentirmos mais um boliviano no meio de tantos outros.
Uma cidade com fortes traços da passagem Espanhola por este país, sendo a sua Catedral um dos exemplos mais notórios, Arequipa vive á sombra dos seus três vulcões (Pichu Pichu, Misti e Chachani), que lhe confere um forte historial de terramotos e lutas travadas com a natureza. Também ela património mundial reconhecido pela UNESCO, a cidade cruza a cultura Inca com os traços ibéricos levados pelos Espanhóis, numa conjugação labirintica de ruas e casas tipicas de uma forma singular. O centro histórico é rico em igrejas, capelas e museus ou para aqueles que preferem, um frenezim controlado de sons e cheiros que não desmarcados do tradicional Peru, dão um toque cosmopolita a uma cidade encaixada nas montanhas. Arequipa é ainda a porta para o Canyon de Colca, onde se podem comprar/iniciar excursões com guia até ao Canyon ou simplesmente obter informações.
Cañon del Colca
A caminho de Colca, a paisagem deslumbrante da reserva nacional, com passagem por um dos pontos mais altos (4.910m) que é também posto de observação para os vculcões que circundam o vale. De regresso, não deixem de beber um Colca Sour ;)
Puno - Lago Titicaca
Quem vai a Puno, nem desconfia que esta cidade alberga um dos mais conhecidos revolucionários do Peru na sua prisão. O "cabecilha" do "Sendero Luminoso", aqui se encontra actualmente sobre fortes medidas de segurança. A cidade transpira frenezim e sentimos que algo de diferente existe nesta cidade. Talvez seja a elevada altitude a que se encontra (3800 m) e que impede muitos turistas de a visitarem, fazendo-os regressar no dia seguinta ou até mesmo no proprio dia, com problemas resultantes da altitude. O lago Titicaca recorta Puno com as suas água calmas, mas não muito limpidas perto da cidade. Daqui partem as escursões até ás ilhas do lago.
Para além da ilha de Uros, a ilha de Taquile é também muito conhecida pelos seus rigorosos costumes e tradições, sendo esta a ilha onde geralmente os passeios turisticos param para almoçar. Na ilha Amantani, é possivel pernoitar na casa dos seus habitantes, mas tudo isto comprado num pacote turistico em Puno (ou na Bolívia), não é permitida a entrada por conta própria.
A famosa ilha flutuante de Uros é a mais atractiva. Apenas pode ser visitada nestas escursões e a visita é de todo focada no turista. Os habitantes de Uros, vivem em permanencia nestas ilhas que eles próprios constroem através de um junco (Totora) que é também comestivel e cresce em abundância em toto o lago. Vivem essencialmente do turismo vendendo os seus artesanatos e mantêm todas as suas tradições bem enraizadas. Uma ilha flutuante dura entre 25 a 30 anos. Quando a ilha se começa a desintegrar, os habitantes de Uros constroem uma nova ilha, com novas cabanas, mudam-se e arrastam a ilha já velha para a zona do lago onde estão as ilhas em decomposição para que também esta se possa decompor.
Na outra margem do lago fica a Bolívia, que disputa a exploraçaõ do lago com os Peruanos de uma forma saudável. Aprendi que, no Perú, Titicaca = Titi-Perú Caca-Bolívia :)
La Paz - Bolívia
A partir de La Paz podem reservar-se grandes destinos através de uma de muitas das agências de aventura disponíveis. Ficaram marcadas, na minha lista, a estrada da morte e o deserto de sal para quando um dia regressar.
Cuzco
Quanto à cidade, vale a pena passar uma tarde nas ruas de Cuzco, visitar a catedral e outrso monumentos com traça espanhola, contemplar o artesanato, as comidas e os mercados, os cheiros e os sons e claro, descansar na Plaza de Armas :)
Machupichu